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Mostrando postagens de setembro, 2013

Sentia

Não sentia nada. Nada sentia muito. Muito sentia sempre. Sempre sentia algo. Algo sentia longe. Longe sentia inteiro. Inteiro sentia metade. Metade sentia sopro. Sopro sentia vento. Vento sentia vácuo. Vácuo sentia vazio. Vazio sentia espaço. Espaço sentia lotado. Lotado sentia canto. Canto sentia olhar. Olhar sentia boca. Boca sentia não.

Vitrines - Parte UM

Eu queria ter dito mais coisas: desculpe... querida! Eu queria ter acreditado nas tuas covas e tua bochecha rosada, quando arfando eu falava desculpe, idiota! Eu queria ter dito pelo livro: sou eu tua voz! Eu queria ter acreditado em ouvir tuas frases complicadas, no looping circunspecto que cria teu ser inapto. Eu queria ter dito antes: adeus, já vou lá! Eu queria ter acreditado que tu não voltaria para a transparência do vidro, colada junto à tua sombra uma etiqueta sem valor. Eu queria e quero agora: vou me abster de ser! Um mero círculo empático, resultado dos think tanks e mutilado pelo mídio-pseudo-político- ser "sociedade" da qual eu habito e coexisto ali logo atrás, volte lá!