Babe, um dia tu olhou no meu olho de maneira curiosa. Um dia, tu olhou no meu olhou dizendo, colorida, quantas cores tu tens... E fosse hoje uma memória distante, eu relembro pensando, será que ele lembra? Quando meu corpo se contorcia de raiva de um mundo que há muito está distante. Pensei acordar mais uma vez às 3 da manhã, pensando, tu me chamou baixo enquanto dormia? E não está ali. Os lados todos vazios. E eu atravesso minhas ruas como se fossem labirintos, perdida? Não, apenas não reconheço mais... tudo tão distante, uma penumbra na minha visão, embaçando a realidade. Estou aqui ou estou além? E estou brincando com muitos ao mesmo tempo, então brinco, eu dou risada, é o que me resta. A impermanência. Nada fixo. Tudo é fluidez e desintegração. Nada pertence... Não é isso? O circo e círculo da vida? Um dia a pressa consome as horas e meu telefone vira o depósito de números que nunca quis. E meu castelinho flutua, como que conhecendo os pequenos mundos que vislumbro lá em baixo...
a que surgiu primeiro.