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Mostrando postagens de novembro, 2013

O Último Mandado Dos Peixes, Eles Mortos Ainda Mordem

Boa noite - ou não, pode ser dia ou pode ser má noite ou dia - meus caríssimos leitores assíduos, eu havia os alertado de que estas edições eram viciantes, hãn?! Agora tu está aqui novamente querendo ler mais novidades arrepiantes desta revista de pesca, aquecendo nosso consumismo de cada dia, produzida pela nossa saudável aEditora com gente que sabe do que está falando o tempo todo e falando muito por sinal e dizendo muito pouco se tu parar pra comparar com revistas teóricas de pesca, pois nós damos guias e não somos patrocinados por nenhuma varinha mágica ou iscas milagrosas o que fica "clean" na hora de folhar estas amáveis páginas sedosas feitas com o melhor do papel existente nesta época tão contemporânea em que vivemos e meio que desmerece nossa cara de "teoria intelectual patrocinada" da qual não possuímos, e por isso, nós vamos logo pra morte e como usufruir da pré-morte do teu Peixe e não ficamos enrolando de como é bonito a vida do Peixe saudável que já é

A Arte e a Filosofia Por Trás Da Sacola - Parte I

Olha e vê: tudo. Separe uma sacola. Agora agarre tudo, tudo mesmo, todas as coisas em tua frente, todas as situações, todos os objetos... O fez? o exato momento em que três homens usam camisetas sociais e conversam entre si, a menina twitando algo logo a esquerda do mesmo ou o menino que acaba de me pedir informação quanto aonde pedir uma cerveja Certo, neste momento, em que não resta mais nada ao redor, só tudo em tuas mãos, coloque tudo na sacola. Percebe que está tudo errado? As coisas da forma que tu as colocou ou as formas em que estavam, ambas estarão erradas. Imagine: Tudo pode estar errado e tu, um grande deus, pode estar certo. Porém, se tu te achar um grande bosta tu vai estar errado e tudo ao redor certo. Quando tu se torna a peneira inimaginável por trás da sacola? A arte está em criar estas situações, a filosofa em discutir sobre os fatos.  O que me resta agora são as sacolas. De momento, vazias. Cheias dos seus vazios...

Amebas

Ela levantou o rosto e o encarou: - Não ficarei aqui. Ele então segura seu queixo delicadamente, a puxando para si: - Decida depois. Vá depois... Ela o encara desejando ficar: - Talvez. Ele vendo a hesitação, diz: - Eu tenho os melhores gostos musicais, lembra? Ela com riso distraído fala: - Eu sou uma ameba musicalmente falando. Ele a abraça, para nunca deixá-la ir: - De quaisquer formas tu seria uma ameba.
Ele o tocou com a mão hesitante. O puxou para si e levemente o empurrou para o lado. Logo em seguida se pôs abaixo, enquanto caía sobre si todo aquele alívio esperado. Lentamente passava as mãos sobre seu corpo, esperando que todo o toque se transformasse numa espuma suave. Claramente a visão ficava embaçada, então se colocava mais abaixo ainda e fechando os olhos, tocava a cabeça para trás deixando o pescoço totalmente vulnerável ao que vinha. Abria a boca, deixando aquilo correr livremente por si mesmo e agora ele estava limpo. Fechou o chuveiro. Secou seus dedos e cabelos. Andou nu pela casa e apagou a luz do quarto, enquanto cantarolava ao deitar, cobertores o tapavam. Dormiu em paz, o homem.

Como vender teu Peixe Morto - Guia prático em DEZ AÇÕES

Primeiramente, neste guia rápido de dez passos, você deve lembrar do motivo pelo qual decidiu ler este artigo: COMO MATAR TEU PEIXE. Não esqueça dele, ele te ajudará a entender melhor tuas futuras ações com teu próprio Peixe Morto. Segundamente, caso tu já tenha lido nossas edições anteriores, pedimos encarecidamente para reler muitas vezes mais, pois se tu precisou atualizar teu acervo, algo está errado. Em nossas edições anteriores além de um estoque de conteúdo interminável e muito bem redigido pela nossa aEditora, contém dicas de como "pescar teu Peixe" ou mesmo ajuda nas tuas futuras "criações embutidas no varal de casa, sem água e com ar para teu Peixe respirar de forma livre, mesmo que não". Este artigo contém além das DEZ AÇÕES, um brinde para ti leitor que quer se tornar um leitor assíduo de nossas edições, porém é altamente perigoso aceitar ele devido ao fato de tua aquisição já ser completa e muito bem editada pela nossa aEditora, com conteúdo fantástico

Bloquinho

Eles chegaram tarde e já era tempo: gotas caíam com o vento. Eles pulavam em seus sorrisos. Eles continuaram lá pela tarde adentro: saltando pelas bolhas no relento. Eles pulavam em seus abraços. Eles se foram cedo não daria tempo: hora chega de deixar. Eles pulavam em seus destinos.

Me abandone.

A palavra era a única coisa que sobrava naquele mundo. Todas aquelas vozes falavam tão alto para o mundo ouvir, mas que mundo surdo quando não estavam interessados em se calar. Todos aqueles iam e vinham colocando seus dedos no coração do outro, sem pedir licença e sem pedir nada mais que um adeus. Eles se abandonavam, sem esperar reações... coisas frias se quebram com lâminas. Colocamos os pesos soltos nos vazios eternos, sem esperar que isso causará maiores estragos. Vamos homem, admita a ti mesmo, tu não veio me dizer que está me deixando, tu está apenas seguindo contigo mesmo da forma muda que nos comunicamos. A palavra que sobrou no teu tapete, a palavra que flutua na tua figueira, a palavra que flutuava e continua ali, calada e muda esperando ser ouvida novamente. Eu sou muda, cega e surda quando penso em ti. E pretendo não mudar. O mundo das bolhas estouram de tempos em tempos... onde tu estará nesta hora, que precisarei do teu braço pra levantar minha fronte? Siga a ti mesmo,

FODA-SE

Hoje a moça de azul tinha caminhado muito. Ela estava cansada, com o rosto cansado, com os fios dos cabelos cansados. Ela estava total preguiça e, mesmo assim, decidiu seguir adiante. Caminhou então mesmo sentindo que deveria parar. Ela raramente dava atenção aos sinais piscantes e vermelhos na sua cabeça. Pra que daria? Tudo vira bosta, segundo Rita. A vantagem de pensar assim é que se não tem medo destes sinais, que geralmente são bem extravagantes, barulhentos e com muitos contrastes, tu vive bem mais de todas as formas. Tem gente que não consegue viver as coisas ruins, pois o que comumente é ruim, não pode te oferecer nada além de um mal estar e por isso a maioria das pessoas vive na zona de conforto aceito pela sociedade. A moça azul discorda disso, se tem algo ruim pra ser vivido, que seja vivido intensamente como tudo que ela tenta viver e tocar. Seja coisa ruim ou não. O que é ruim? Sorvete de pistache, ameixa azeda, nabos? O que é um nabo?! Ou atitudes que não te convêm ou nã