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Mostrando postagens de julho, 2017

Sem prévio aviso

Um senhor uma vez me encontrou na rua e disse que eu parecia o amor de sua vida. Ele me contou de todos os detalhes daquela aventura. Contou-me como a conheceu, como ela o indagava, como ele foi ficando cada dia mais apaixonado pelas suas atitudes, jeitos e caráter. Um dia, disse ele, eu abri a porta da minha garagem, encontrei um pequeno bilhete enrolado junto ao capacho e nele estava escrito que ela não voltaria mais. Havia terminado subitamente o amor dos dois, dizia o bilhete. Subitamente, sem prévio aviso. Assim, continuou o senhor, me dei conta que eu estava cada dia mais distante dela e que por mais que ela se fizesse presente, não a notava. Além disso tudo, o recado ainda informava que os prazos da vida adulta não se aplicavam nela, pois ela era eterna criança. Não se aplica um depois. Depois marcamos um cinema. Depois marcamos um chimarrão. Depois iremos na redenção. Depois iremos dar as mãos. Depois todos saberão. Depois os bois arrumam as melancias na carroça. Eu o encarei e

Ana e Clara

Ana acordou Clara acordou Ana mediu um cinto Clara pegou seu fone Ana foi trabalhar Clara foi ver o rio Ana repetiu o mesmo almoço Clara estava sem fome Ana passou a tarde olhando a rua Clara caminhou em todas as calçadas Ana discutiu sozinha Clara ouviu seu vizinho Ana clara Clara Ana Duvidaram juntas Quiseram juntas Aconteceram juntas Quando se olharam De tudo ali Entre elas E nunca mais se separaram. E talvez há sim um final feliz para duas mulheres apaixonadas.

Quero.

não quero andar de roda-gigante nem achar que sou grande! quero apenas lember aquela maçã do amor que tu não comprou só que não me deixou... eu não quero mais! não quero colecionar adesivos nem ser colocada num livro pra ser mostrada a outrem. não tô pedindo atenção! não quero andar de mãos dadas pra ficar grudada que não posso atravessar uma simples calçada e não quero que me queiras agora ou amanhã não vou mais querer o que quis a segundos era apenas teus frutos que me faziam flor.

Boniteza

Ele que toma atitudes feito gato bebendo leite, parece preguiça... Mas é só a calma do espírito. Para se apaziguar e equilibrar. E de todos os encantos, ele é o que mais canta aqui ao pé do ouvido... não são coisas bobas somente, são coisas sérias. Nos resolvemos assim. Braços dados, sentindo nossas grandiosidades por completo. E pelos teus olhos, a bondade da cor, a clareza das incertezas. Há harmonia nesses gestos silenciosos: uma parte vem da bondade que temos pelo mundo e outra porção vem acompanhado pelos sentidos que criamos um pelo outro, no coração. A harmonia que criamos nem sempre vem acompanhado pelas simetrias, um é um tanto mais baixo que o outro, aqui e ali conseguimos a mesma imponência, por caminhos diferentes um consegue um degrau e o outro consegue se curvar a novas experiências. A graça do conjunto é acompanhado pelas risadas de um nada e de um tudo. A sublimidade da tua presença é constante, mas não ofusca ninguém, apenas contagia. É ver um outro dentro de ti mesmo,