Faziam seis anos que se conheciam. Cada membro de seu corpo já havia sido tocado por ela. Ele lembrava perfeitamente quando a viu pela primeira vez: sentado em uma escada, ele tomava uma vodka com suco, imaginando quando poderia retornar pra casa de forma sóbria. Levanta a cabeça e descobre que não mais iria voltar, teria de continuar parado ali, a observando enquanto a mesma se exibia ao pequeno grupo que se formava. Ela não sabia grandes coisas, bem provável que nem sabia o tamanho do prédio mais alto da cidade. Mesmo sem muita prática em abordagens subliminares, ele decidiu a aplaudir. Ficou em pé, largou seu copo - coisa que jamais se deve fazer na vida - e a aplaudiu. Todos se voltaram para ele, quem iria interromper aquela forma única de expressão em meio a sua oratória? Ele o fez. Tomado de coragem ele o fez. Segundo ela, hoje, não estariam juntos caso o acaso tivesse sido de forma oposta. Ela estava completamente transtornada no meio daquele grupo e ele a salvou das lamentaçõe
a que surgiu primeiro.