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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Tesão, educação e laranja.

Três fatos corriqueiros e seguidos ocorreram hoje. Primeiro: Caminhava eu atrás de uma guria, ela seguia toda graciosa com seus belos saltos pela calçada. Logo adiante um mendigo estica a mão e diz: - Me dá um real moça? Ela nem olha pro lado, continua o trajeto usual. Ele então solta um muxoxo: - Oiá pa mim, moça... (choro) Ele estava realmente mal. Ficou sentido com a guria. Aí eu sigo os passos dela por um tempo até ela entrar numa loja de artigos esotéricos. O tempo estava se armando. Do tipo de vento que se vai pra dar espaço pro calor, o pessoal daqui entende o que falo. Bafo. Asfalto. Tensão. Sem tesão algum caminho pela rua, até que um vento chega em mim e decido olhar a árvore que aparecia após uma curva. Ver as folhas balançando... cai um papel no chão. Segundo. Um daqueles papeizinhos de comprovantes de cor rosada jaz no chão. Sim ele morreu, ficou esquecido e morto dentre os pedintes, saltos, bundas e buzinas. O vento logo iria se encarregar dele para levá-

Homem é Mulher! Mulher é Homem!

Esquina da Borges e tarde de quarta-feira, de modo infernal: vejo o cara de preto, terno em corte pobre, sapatos lustrados, mas voz de cachaça e embriagado pelas próprias palavras... - Homem é homem! Mulher é mulher! Junte a isso o fato de segurar o livro mais vendido e mais conhecido dos povos. Não é O Guia, mas serve como desculpas para as viagens da humanidade. Segue-se aí duas ou três pessoas ofendidas. Eu entre uma delas, já que me fez referência: mulher. Vem cá, desde quando homem deve ser homem e mulher deve ser mulher? Conheço muita mãe que não é mãe e pai que é pai que nunca agiu como tal, mesmo devendo de. Nem por isso condena o fato deles serem o que são. Pais. Nem muito melhores e muito menos piores. Há de fato um termo que empregamos o sentido compreendido entre ser mulher e ser homem que nos justifica os gêneros. A aparência é tudo. Eis que aqui me pego na maior futilidade cabível e verídica. Tu não basta aparentar ser mulher nestes casos. Tu deve ser uma, única,

Esquecido

Somos incompreendidos quando o amor que já se  foi, Não nos deixa de nós mesmos. Compreendemos de uma forma quando há um outro rumo, Mas nem sempre somos de todo               capazes de vestir o luto.

Etc.

Vazio. Novo. Vazio. De novo. Vazio Aqui. Vazio. Sem osso. Vazio. Caroço. Vazio. Coube. Vazio. Só. Vazio. e Vazio vírgula Vazio Ponto. Vazio com Vazio etcetera.

Serafim e Esmeralda

Serafim disse que não era o fim. Esmeralda? Serafim foi apanhar ameixas. Esmeralda aguardava.  Serafim viajou para buscar as ameixas. Esmeralda aguardava sentada.  Serafim era um homem de atitudes, foi viajar e aproveitou para explorar o lugar. Esmeralda aguardava sentada lendo um livro.  Serafim pensava que Esmeralda era muito pacata, por isso além de explorar o local proseou um pouco com as gurias que lá tinha. Esmeralda aguardava sentada lendo um livro em sua cama. Serafim conseguiu umas gurias bem das interessantes pra prosear e aproveitou para enfatizar seu status social pagando muitas ameixas e licores para suas ouvintes. Esmeralda aguardava sentada lendo um livro em sua cama enquanto escurecia. Serafim não muito demoradamente ficou bêbado e acabou espantando metade das moças enquanto que umas duas estavam decididas a lutar por aquele prodigioso homem que demonstrava suas habilidades masculinas sendo socialmente aceito e descolado. Esmeralda aguardava sentada lendo u

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Vou te fazer uma letra, fazer aquele símbolo prestar home-nage colocar num refrão. Vou te colocar de lado, sentido horário ou contra-mão. Vou colocar coroa no teu cabelo Bem no fundo do teu caixão E um recado aqui do coração: tem melodia melhor, não irmão, tem melodia de violão: que acabou sem pontuação ré dá dó ré dá dó di mi bocó (2xis, sem ovo) sem batata sem ervilha sem beterraba. có lé có lé nu ce nu ce iiiiiii-iiiiiiii h !.,?"~){]

Diário de um Porco-Humano.

Dia primeiro. Somos quatrocentas e tantas milhares de possibilidades cheias de esperança desejosas de que amanhã estaremos nos desenvolvendo melhores do que até então. Dia segundo. Somos apenas nove. Um número insignificante, porém vitorioso por chegarmos aqui. Aguardarei os próximos meses para dizer mais alguma coisa, afinal, quero me desenvolver o suficiente para saber o que faço aqui. 112 dias se passaram. Algo acontece, me expulsam. Mês um. Foi compulsivamente nojento na primeira semana, nunca senti tanto nojo na vida. Aliás, foi meu primeiro sentimento neste mundo. Saí de algo gosmento, apertado por meus outros cinco irmãos. É, três de nós morreram. Vou ainda fazer algo bonito em homenagem a eles. A segunda semana foi de adaptação, pois mamãe não ficou conosco, disse que eles iriam nos separar em breve e que, talvez, jamais fossemos vê-la novamente. Nos garantiu que nos alimentariam. Senti muito medo na terceira semana. Eles vinham me ver, me mediam e me pesav