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Mostrando postagens de julho, 2023

Amizade

Fui picada por um mosquito Na minha perna, frontal Eu caminhava cambaleando Daquela noite estrelada e nublada Cores brilhantes na sua visão  Perfume vermelho na sua rouge Minha perna dolorida Como seu peito Tossindo mentiras Para si Deveríamos ser amigos.

Romântica

Eu sou romântica  Com meu amor Esperando no quarto em fronte com taças e castiçais  Não sou aquela romântica Quando eu vejo atravessar ao longe na rua segurando mãos com sua alma gêmea e eu vejo por distância  você caminhando para longe dela E desaparecendo Nos meus sonhos

O presente

Eu queimei minha mão  Pegando o presente E era velho Tão antigo Que meus sonhos choraram E meus olhos secaram E sinto por não ter escutado A batida que me enviou Mas se estivesse ouvido Eu estaria esperançosa  De me tornar novamente Perdidamente Apaixonada.

O adeus do nunca foi

E aquele blues dos teus olhos me encarando. Obcecado por sobre minha pele, por minha alma. E não me perdeu, pois não me tinha. Escorrendo lágrimas, duras, pois é duro a perda da possibilidade. Nunca diga nunca, mas desse loop de caças, estou farta. Quero paz, eu disse. Quero estar e estar em paz é impagável. Eu quero estar com quem queira. Quero ser inteira besteira. Quero ser eterna e lembrada. E eu, em troca, dou meu tudo. E calma, a intensidade não gera mais loucura, como talvez um dia tu viveu. Intensidade é o que me move. Ir ao cerne. Ir o ponto de encontro de imensidões. De nós. De atar e desatar nós. Mas não chegamos lá. Eu ficava muda. Eu aceitei o que me entregou. E aprendi a caminhar para longe, de quem me quer por metade.

Não somos amigos

 Eu não consigo ser tua amiga. Eu juro, tentei. Eu prefiro ser nada. Aliada a mim. E eu gosto das lembranças. E eu gosto daqueles momentos, tão tranquilos. E tu engoliu a voz. Buscou paz. E eu, observo aqui, contente por ti. Tu merece toda paz do amor tranquilo. E eu? Eu aqui, imagino, se poderia ter sido.

Sup(er-a)

A areia entrava por entre seus dedos fazendo sua pele sentir um mínimo carinho. A leveza de seus pés depois daquele instante estava óbvio. A saudade de 2012 era o único refúgio que a mantinha intocada. A cicatriz aberta. O sangue jorrado. Palavras que nunca voltaram a encontrar abrigo, em meus lábios, agora correm aos ventos… superado.