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Mostrando postagens de maio, 2023

O que nunca foi

Eu achava que poderia lidar com a rejeição. Que poderia lidar com o desapego. O fato é que ainda penso em ti, todos os dias… como vicio. Como aquele dia de comer brigadeiro na panela quando na TPM. Aquele momento de solitude lendo um livro no parque. Aquele momento de querer aproveitar a feirinha de fim de semana, comendo pastel e caldo de cana. Aproveitar o que perdemos em nós mesmos. A afinifade. A paz que carregávamos. E até mesmo minha paz interna de completude com minha arte. Parece faltar algo ainda. Parece ser o momento correto... de deixar ir o que nunca foi. Amor.

Desvios

Eu me apaixono Sempre por ele Longe Emocionalmente… transformada. Aberta, livre Apaixonada por si, Apaixonei-me por ti E me achei completa, pronta. E o medo vem Do que eu sinto sobre mim

Uma coisa de felicidade

E a música estava se repetindo como loop. E eu não sentia o medo vir. Eu sentada ao seu lado, em silêncio. Aguardando o momento de estar sozinha contigo e me deixar balançar no mesmo ritmo. Não importava quantos rodopios, eu estava aguardando a próxima semana. O ritmo. E ainda não me satisfazia por completo.  Vicio, era. E ela ria. E eles me viam como mulher. E muito provavelmente eu me sentia uma menina…. Mas algo havia mudado no meu tom de voz. E algo havia desaparecido na paleta de cores. Me sentia mais pesada. E não eram os kilos adquiridos. E me sentia tola ao deixar desaparecer esses momentos. E me sentia tola em me sentar sozinha aqui, escutando músicas anos 80 com mesas e cadeiras para suprir um batalhão… enquanto não sabia quantas pessoas compartilham das mesmas tristes histórias. E todos sorriam tão amavelmente e continuavam suas vidas na esperança de amenizar essa dor da solidão e não, não era o verão que está por vir que me fará sentir-me mais feliz.

O nojo

 Hoje aquele velho me paga! A raiva transborda da minha alma. Minha vontade de dar um soco no meio da cara daquele verme… nojo. Vontade de vomitar meu passado. Gritar pelo mundo. Gritar por esses pacíficos campos que manchados de sangue escondem entre rochas e valas o fétido passado de mulheres caladas. Indefesas. Eu tenho vontade de matar. Matar o sentido de querer ser racional. Eu gostaria de ter feito o circo. Eu gostaria de ter conseguido falar. Eu curaria minhas dores e minhas lágrimas não cairiam se eu pudesse de  fato poder expressar todas essas dores. Vontade de me esvaziar numa garrafa. Beber e esquecer. Comer até explodir. Me fazer mal. Pois isso ameniza tudo. Ameniza a vontade de querer me destruir. De querer por fim… De por fim na vida. Escrever me acalma. Saudades de explorar isso aqui de maneira mais leve. De por tudo aqui dentro em ordem novamente. Eu vejo nuvens. E teria sido mais leve há duas horas… olhar e ver animais. Agora só vejo o peso que elas carregam… O ar é  p

O homem do outro lado

Do outro lado ela o viu, estava caminhando naquele parque fazia alguns dias já. E então, como de costume, ela estava com seus fones de ouvido, pensando nas borboletas que não aparecem mais facilmente, e ele a olhou de relance. Ela passou frente a ele, cantarolando. Ela ainda não sentia necessidade de dizer olá. Decidiu, porem, quebrar o ritual. E sentou a seu lado. Ela estava ofegante. Ele transfigurava imagens. Ela batia seus dedos em sua perna. Ele sentia seu ritmo. Ela dizia bom dia e ele nem olá dava. Um pretensioso futuro ambos imaginaram. E nada de mais aconteceu no final. Ela toda embaraçada levantou, com cabelos desgrenhados pelo vento. Ele vermelho de raiva da não atitude. E o vento criava espaços. E seus braços nunca se encontraram.