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Mostrando postagens de agosto, 2017

Com c.

Não há conserto. Nem com c. Nem há música que resolva o que se assola aqui dentro. Há uma ferida enorme do que eu fui. Aceite-se. Dizem as outras eus. E eu as escuto entre prantos. Estou estragada desde o dia em que me livrei do meu primeiro amor. Amor de marmelada. De verdadeiro não tinha nada. Amor que eu sentia, pleno, forte, que combateria o mundo inteiro para permanecer, não importavam as intempéries. Se acabou. Pegou fogo. As cinzas tomaram conta. Dizem que o tempo cura. Curaria. Acabei estragando vidas depois. Não sei mais amar. Não há confiança. Não há segurança. Estou destruída. Não sinto-me capaz de combater nem a aranha que se alojou no meu banheiro. Uma vida foi poupada. Eu olho minhas fotos antigas, minha força e juventude e inocência e de como tudo ficaria bem. Não fica mais não. Foi muito ódio. Foi cultivado muitas coisas ruins. Fui vencida sem nem saber que eu mesma era minha. E me estraguei. Estraguei a ponto  de me convencer que todos ficam melhor sem minha companhia

Feito Osso

Quando penso que acabou... Vai lá, digo a ti. Retorno a mim. E quando tudo que planejava Se esvai em três horas De descaso e mal entendido Somada a falsas verdades Eu grito. Internamente. Quebrada, novamente. Me envolvo comigo mesma... Como uma concha. Tu tentas me alcançar... e a todos os outros também. Que mal há? Pergunta. E eu só calo. Não há mal em ti. Ou há. Só não há nada de real aqui. E duvido. E todas as minhas verdades postas pelo chão faço um mapa pra ir gotejando pequenas lágrimas que nunca secam sobre esses caminhos. Passa a semana E mesmo com sol lá fora Aqui dentro é temporal E calmaria... Até a próxima tempestade Que sempre chega. Sempre. E nunca será suficiente. Serei uma eterna cachoeira De mágoas e pedaços Que nunca mais se colam E dizem, que é xícara japonesa Que mais bela fica Mais quebrada Mais história Mais vida viveu E que quando quebra, se cola. Só não sou xícara, penso. Não sou mais pra ser quebrada. Não permito