Não poderia falar de um conto de fadas sem ter minimamente vivido um deles. O que me remete a perda de tempo ao ler tais baboseiras. Ontem, eu perdi a noção do meu tempo. E digo tempo no sentido mais profundo, o tempo como sentido não cronológico, de medida. O tempo, sim, como significante de qualidade. Ontem eu decidi tornar meu tempo o mais proveitoso que pude e isso significou mudar todo um comportamento diário, o cotidiano ir e vir e levar e ser e comparar e tentar por apenas um ser. Ser qualidade. Então, em outras palavras: eu perdi noção da minha qualidade. Eu pessoa, perdi a noção do que de bom tenho feito. Claro, tentei medir com o tempo cronológico, o deus Cronos ainda conta. Acredito que, após dois ou três anos de saturação abestalhada, propus a me encarar de novo. E encarar a qualidade do ser que sou e quero ser. Não vivi muito, vivi pouco até. Duas viagens memoráveis e alguns pequenos começos. Achei que tinha encontrado a companhia ideal, mas nada é ideal. Então encarei a
a que surgiu primeiro.