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Mostrando postagens de maio, 2020

Contos passados

Não poderia falar de um conto de fadas sem ter minimamente vivido um deles. O que me remete a perda de tempo ao ler tais baboseiras. Ontem, eu perdi a noção do meu tempo. E digo tempo no sentido mais profundo, o tempo como sentido não cronológico, de medida. O tempo, sim, como significante de qualidade. Ontem eu decidi tornar meu tempo o mais proveitoso que pude e isso significou mudar todo um comportamento diário, o cotidiano ir e vir e levar e ser e comparar e tentar por apenas um ser. Ser qualidade. Então, em outras palavras: eu perdi noção da minha qualidade. Eu pessoa, perdi a noção do que de bom tenho feito. Claro, tentei medir com o tempo cronológico, o deus Cronos ainda conta. Acredito que, após dois ou três anos de saturação abestalhada, propus a me encarar de novo. E encarar a qualidade do ser que sou e quero ser. Não vivi muito, vivi pouco até. Duas viagens memoráveis e alguns pequenos começos. Achei que tinha encontrado a companhia ideal, mas nada é ideal. Então encarei a

Ainda

Amo ainda um ser eu Amar era leve tu Eu amo ainda Ainda era um tempo difícil E ainda se tornou sempre. Sempre ainda não consegui. Sempre ainda sofria. E decidi não sofrer. E ainda duvido. Duvido ainda que sorrir Me fará te esquecer. Ainda me tornou distante. E ainda aguardo um instante Que ainda saberei viver. Ainda sei viver, por isso segui. Segui ainda, pensando em ti. Pensando ainda Se vou morrer Se vou viver E se nós ainda um dia Amaremos o tempo que temos.

Aprendendo

Minha essência é intensa Não vivo metades Já tentei. Quão mal faz isso Quando não sei mais Centralizar eu. Era pólvora que ardia Também levezas infinitas E ainda sinto. Sinto muito ainda... E não vou deixar de sentir. Só vou pesar menos passados e dores Vou aprender a viver Todo dia Comigo.

Sempres

Que mulher! Que mulher! A moça ali com o copo na mão o coração a contagiar e contar amigos Que quantos mais anos passam mais amassos ficam mais estradas se conhecem e mais desvios se tomam pra chegar onde queiras pra iluminar do teu dourado todos que quiserem permanecer sempre, ao teu lado brindando anos contando planos relembrando  que prantos passam amigos ficam e a gente cria eternos para sempres felizes e únicos

Disse oi.

Eu crio versos quando estou feliz ou quando estou triste. Dois extremos desmedidos. Duas medidas de desculpas a mim, desculpe ora, por ter esquecido apenas de mencionar os tempos entre essas duas extremidades: não são as mesmas. No entanto, hoje o que me resta não é uma história de amor ou um pranto acumulado. Serão palavras narradas de uma vida. Eu amei algumas vezes e até hoje ainda procuro alguém pra amar de forma incorreta. Depois de tantos ires e vires, estou sozinha. Eu digo oi, ao novo eu. E somos tão familiares. Adormecida num canto da minha alma, eu estive aqui o tempo inteiro. Enquanto tentava cegamente me fundir a uma coisa que não estava disponível...