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espalhados numa malha cibernética

Nego a mim as formas que sou.
Mármore.
Tenho de tudo, sou um pouco.
Sou cansada das tristezas
Triste alegre.
Sou a forma que quiseres,
Sou pesadelo
Sou a sintonia que te atrai,
Sou cruel,
Nego a todos os que me parecem.
Sou contradição, enfim.



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Droga de coisa boa.
Se soubesse de tão bom,
não ficava querendo tanto.
Fico aqui igual o tonto,
Lesmiando a coisa da droga.
Mas que tanta coisa eu quero!
A coisa, a boa, a droga.
Lesmiar é que não te quero,
mas se tu descobre a arte de lesmiar...
Fica como eu: Lesmiando as coisas, passando-se pra trás.



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Dez en contros

Existem várias possibilidades.
Primeira, desencontros.
Segundo. Pontos.
Terceiro, não sabiamos de existências.
Ambos, quarto, viviamos nele.
Mas o quinto, nem sabiamos quem éramos.



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DOCE

Uma leveza me cai sobre os pés
pareço flutuar.
Olho a sua volta e só:
Encontro eu.
Num doce canto.



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Atrás de transparência.

Escondida nas janelas, atrás
Pelas fechaduras, nas sacadas,
atrás das portas.
Pelas ruas atrás de personagens.
Pelos muros atrás de segurança.
Atrás de um vidro,
Atrás de transparência.





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Não sei me falta algo,
Talvez a angústia.
Como âncora do drama,
Essa doce composição da alma.
Que falha no porto da vida.



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Te dou meu chão
E tudo que meu já foi,
Tudo lhe pertence
Quando todo seu,
Já for meu.


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Compaixão

Quero alguém sem compromisso
Sem horário, sem desperdício.
Quero alguém por inteiro,
nem meio coração
nem meia atenção.
Quero espaço para me apropiar
a tudo que é dele,
a tudo que dele interessa.
Quero alguém pra ser eu mesma
A tudo que faz de mim,
ser um pouco mais pra ele.










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