"O sadismo de alguns imbecis que apenas por vestirem fardas e usarem armas se acham no direito divino de tirar a vida de uma pessoa, pelo ideal egoísta de se manter no poder.
(...)
Mas nunca vão matar aquela esperança que a gente tem de um mundo melhor, que eu não sei direito como vai ser..."
Feliz ano velho.
Sei lá, tô achando bem apropriado o escrito para relembrar os gritos de agora há pouco, sobre a polícia atacando pessoas com mãos erguidas "em sinal de paz e rendição". Tava lá no meio, no momento ainda total de paz e de versos de protesto pacífico, vi umas figuras mais velhas e lembrei da época (não) merecidamente esquecida e ignorada pela grande massa, por trauma ou mesmo por ignorância, não fazem questão de saber, enfim. Ditadura, eis aqui o que estamos vivendo por tabelinha.
Num bar da República as pessoas correm para fechar os bares e conseguir abrigo: há PM lá fora acabando com pequenos grupos que voltavam da manifestação. E lembro do amigo Periquito na Chopperia em Três Coroas contando os "causos" da adolescência dele que eu admirava e achava fantástico. Não tem nada de fantástico e não é nem um terço do que aconteceu lá atrás.
- Melhor se esconder num local seguro.
Há gente se rebelando sem motivo.
Há meninos tentando tacar fogo nos ideais. O que eram mesmo?
("Vinte cents meu irmão. E bilhões de reais perdidos nas cuecas. Pois é.)
Há gente revivendo aquele sentimento de "ainda estamos vivos" e "não esquecemos o que foi feito" e eu vi isso lá, e foi lindo... até atacarem pessoas sentadas em frente ao batalhão gritando:
NÃO À VIOLÊNCIA.
Tentando continuar a caminhada.
Resquício mudo de atitudes estúpidas:
Policiais infiltrados para identificação dos "cabeças".
[Isso acontece ainda? Sério?! Não quero acreditar se for. Ignorância é bom às vezes. Eu achei que tínhamos superado a parte que diz "liberdade de expressão".]
Agora vejo quão utópica era: não há liberdade quando não se é sabido o passado. E tu não aprende essas coisas no colégio, é lá que eles te alienam e quando alguém tenta, é calado. Tu fica presa, num ciclo de histórinhas bonitinhas pra te fazer dormir bem, é mais fácil assim. Não sou só eu. Foi toda uma geração que está acordando agora, depois de mais de 20 anos a população não dava voz para a mágoa que muitos filhos e esposas queriam ter tido, sem morrer para.
É só gás e bala de borracha. Por enquanto...
(mas temos a mídia! êbah! Tem a mídia, tem as falsas mídias, as novas mídias, e os medíocres que não tão nem aí)
Vão bater em alguns e dizer que foram agredidos primeiro pelos manifestantes (que agora são denominados "punks")... igual fazem quando estamos com nossos olhos fechados durante todo o resto do ano. Afinal, eles cumprem seu dever, as ordens: do salário, óbvio, se eles não agirem, alguém demite os caras e eles têm família pra cuidar e até sonham.... São pessoinhas com cavalinhos também.
Nunca abrimos a boca pra ver com os olhos.
Agora vemos o que a boca faz: ver.
Não haverá flores para a cura de um mal, haverá rebelião contra a violência. Qual o lado que tu vai estar?
(...)
Mas nunca vão matar aquela esperança que a gente tem de um mundo melhor, que eu não sei direito como vai ser..."
Feliz ano velho.
Sei lá, tô achando bem apropriado o escrito para relembrar os gritos de agora há pouco, sobre a polícia atacando pessoas com mãos erguidas "em sinal de paz e rendição". Tava lá no meio, no momento ainda total de paz e de versos de protesto pacífico, vi umas figuras mais velhas e lembrei da época (não) merecidamente esquecida e ignorada pela grande massa, por trauma ou mesmo por ignorância, não fazem questão de saber, enfim. Ditadura, eis aqui o que estamos vivendo por tabelinha.
Num bar da República as pessoas correm para fechar os bares e conseguir abrigo: há PM lá fora acabando com pequenos grupos que voltavam da manifestação. E lembro do amigo Periquito na Chopperia em Três Coroas contando os "causos" da adolescência dele que eu admirava e achava fantástico. Não tem nada de fantástico e não é nem um terço do que aconteceu lá atrás.
- Melhor se esconder num local seguro.
Há gente se rebelando sem motivo.
Há meninos tentando tacar fogo nos ideais. O que eram mesmo?
("Vinte cents meu irmão. E bilhões de reais perdidos nas cuecas. Pois é.)
Há gente revivendo aquele sentimento de "ainda estamos vivos" e "não esquecemos o que foi feito" e eu vi isso lá, e foi lindo... até atacarem pessoas sentadas em frente ao batalhão gritando:
NÃO À VIOLÊNCIA.
Tentando continuar a caminhada.
Resquício mudo de atitudes estúpidas:
Policiais infiltrados para identificação dos "cabeças".
[Isso acontece ainda? Sério?! Não quero acreditar se for. Ignorância é bom às vezes. Eu achei que tínhamos superado a parte que diz "liberdade de expressão".]
Agora vejo quão utópica era: não há liberdade quando não se é sabido o passado. E tu não aprende essas coisas no colégio, é lá que eles te alienam e quando alguém tenta, é calado. Tu fica presa, num ciclo de histórinhas bonitinhas pra te fazer dormir bem, é mais fácil assim. Não sou só eu. Foi toda uma geração que está acordando agora, depois de mais de 20 anos a população não dava voz para a mágoa que muitos filhos e esposas queriam ter tido, sem morrer para.
É só gás e bala de borracha. Por enquanto...
(mas temos a mídia! êbah! Tem a mídia, tem as falsas mídias, as novas mídias, e os medíocres que não tão nem aí)
Vão bater em alguns e dizer que foram agredidos primeiro pelos manifestantes (que agora são denominados "punks")... igual fazem quando estamos com nossos olhos fechados durante todo o resto do ano. Afinal, eles cumprem seu dever, as ordens: do salário, óbvio, se eles não agirem, alguém demite os caras e eles têm família pra cuidar e até sonham.... São pessoinhas com cavalinhos também.
Nunca abrimos a boca pra ver com os olhos.
Agora vemos o que a boca faz: ver.
Não haverá flores para a cura de um mal, haverá rebelião contra a violência. Qual o lado que tu vai estar?
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