Três fatos corriqueiros e seguidos ocorreram hoje.
Primeiro:
Caminhava eu atrás de uma guria, ela seguia toda graciosa com seus belos saltos pela calçada. Logo adiante um mendigo estica a mão e diz:
- Me dá um real moça?
Ela nem olha pro lado, continua o trajeto usual. Ele então solta um muxoxo:
- Oiá pa mim, moça... (choro)
Ele estava realmente mal. Ficou sentido com a guria. Aí eu sigo os passos dela por um tempo até ela entrar numa loja de artigos esotéricos. O tempo estava se armando. Do tipo de vento que se vai pra dar espaço pro calor, o pessoal daqui entende o que falo. Bafo. Asfalto. Tensão. Sem tesão algum caminho pela rua, até que um vento chega em mim e decido olhar a árvore que aparecia após uma curva. Ver as folhas balançando... cai um papel no chão.
Segundo.
Um daqueles papeizinhos de comprovantes de cor rosada jaz no chão. Sim ele morreu, ficou esquecido e morto dentre os pedintes, saltos, bundas e buzinas. O vento logo iria se encarregar dele para levá-lo ao bueiro mais próximo, assim que a pancada iniciasse. E não demorou, choveu, fez sol, geou, correram mil maratonas.
Terceiro.
Um monte de gente aleatória e aparece na minha frente aqueles vendedores de suco de laranja caminhando um ao lado do outro de mão dada. Pode isso, José?
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