Pular para o conteúdo principal

Tu Pode

O bom senso ficou escondido no quarto ao lado. Ficou travado na maçaneta ao tentar fugir das mãos abusadas que tentavam tateá-lo de forma grosseira. Aí ele pulou pela janela quando ouviu os gritos da violência que abusava verbalmente e emanava infantilidade e precocidade sobre nossa pressa de viver aqui e agora. Aos desvairados que andam salteando pelas calçadas sujas da cidade eu aviso: cuidado com a forma de tratar! Se tratar de forma gentil não ajudar, uma palavra amiga não sossegar, um olhar calmo não bastar eu sugiro ignorar mesmo. As pessoas daqui estão nos seus direitos! E quem não está? Eu no meu direito de sugerir que a impaciência minha amiga anda ao lado todo o tempo e me vejo mais com ela e com mais ninguém. Até que tu é agredido por ela vindo de terceiros. E quanta bestialidade há na impaciência! E há quem diga que ela provém do teu direito de mulher: tu ganha um brinde todo mês, tu pode ser assim. Eu não posso. Eu devo ser melhor que isso em algum outro momento, mas não me dá o poder de ser assim sempre. Outros, porém, acreditam cegamente que o poder está diretamente ligado ao que tu possui. O poder te permite possuir até pode ser algo certo, previsível e ligado nos confins de alguma morfologia, mas não te isenta do bom senso. E o bom senso? Foi parar longe da impaciência. Ligado ao que acalma, ao que resolve e ao que basta. Ele é pra poucos, para os que sabem compartilhar o que é direito de todos possuir.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Esteira

Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.

Romântica

Eu sou romântica  Com meu amor Esperando no quarto em fronte com taças e castiçais  Não sou aquela romântica Quando eu vejo atravessar ao longe na rua segurando mãos com sua alma gêmea e eu vejo por distância  você caminhando para longe dela E desaparecendo Nos meus sonhos

Não somos amigos

 Eu não consigo ser tua amiga. Eu juro, tentei. Eu prefiro ser nada. Aliada a mim. E eu gosto das lembranças. E eu gosto daqueles momentos, tão tranquilos. E tu engoliu a voz. Buscou paz. E eu, observo aqui, contente por ti. Tu merece toda paz do amor tranquilo. E eu? Eu aqui, imagino, se poderia ter sido.