Oca
Era a maloca da minha loucura
Cheia de espaços assim
com sons surdos
E vastos ecos
Paçoca
de doce sabor,
amendo-nutri-energético
que me sustenta manhã adentro
Revirada em amargor
Cobertura
cremosa, doce pessoa
que virava olhos ao céu
e cabelos ao léu
Que parecia um véu de ternura
Molho
De cor rubi
Tão forte quanto apimentado
Me batia o peito
Como boas paixões o fazem
Milho
Coitado, amarelo estava
E nunca mais o vi
Graças ao senhor
Que me deu bom senso de fugir
Bolo
De formiga dentro
Que me invadem a casa
Os cantos
As rimas e me dão força
Por ser também assim, pequena
Açúcar
Era só para adocicar
O já doce da vida
Que vejo em teu olhar
Paralisado num tempo longínquo
Cana
Que faz minha cachaça,
De álcool às vezes ainda
Respiro, mas menos
Muito menos que outro dia
Pinga
Cachaça
Vida
Desgraça
Rapariga
Morre
Corrida
Respira
Transpira
Revolta
De volta
Cai
Cochila
Mochila
Carrega
Carga
Mata
Selvagem.
Comentários
Postar um comentário