Boa noite, meu bem... durma como nunca antes. Feche os olhinhos, meu menino. Meu carinho nunca esquecido... Durma, descanse... enquanto isso estarei aqui tentando deixar todo o mundo que construímos em pé. Ainda te aguardo, querido e gentil, ainda aguardo ansiosa teus mais viciantes suspiros que, sem fôlego, era capaz de me levar às nuvens e de lá descobríamos o que nos deixava completos. Boa noite, menino, que ainda sem conhecer sua força, arrebentou meus limites. Explodiu meu mundo tanto quanto me deixou completamente feliz. Meu completo amor: de mau a pior e do bem ao melhor. Você, descanse, agora, descanse... não esqueça... um rugido no peito sempre terás. Sempre, até cansarmos dessa vida. Até que tenhamos crescido e amadurecido, como belos abacates verdes, que verde, não é sinônimo de não estar pronto, mas justo o contrário. Seremos eternos verdes. Belos verdes que me deixou... ainda, penso ainda nas nossas cores, numa tarde que nos pintamos em nossas almas... com tinta, suor e paixão. E repenso os aindas. E os ses foram-se há tempos, pois nada se constrói de passado. Há apenas o que se está. E ainda existe. E amor, ainda há pra alimentar essas palavras. Que sempre quiseram ser assim... teu suspiro antes da nossa hora, meia-noite, chegar... e tornarmo-nos o que nossas selvagens feras internas de fato são: assassinos de sonhos intensos. Sentimentos intensos. Fortes. Selvagens. Famintos um pelo outro.
Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.
Comentários
Postar um comentário