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Monônima

 Uma dúzia. Um ano. Um mês. Trinta dias. Dois números. Dois nomes. Um universo. 

 Olá, como está? 

Sonhou comigo hoje? 

Pensou quantas vezes me diria que me amava? 

Será que pensas que sou fácil só por deixar tudo leve? 

Será que ainda imagina?

O que pensou ontem que te deixou tão sorridente? 

 

Nem vi teu sorriso, mas imagino na memória. Uma memória. Um sonho do passado. Não me confundo mais. Estou agora. Aproveite, amanhã nem o futuro pertence. Nada mais está certo ou determinado. Mudei minhas padronagens, parei de ser metódica. Não quero mais meus modos. Não observo mais... ela me disse que eu era observadora. Eu sou? Não tinha me percebido, como como ser observadora? Tu está voltando enquanto os outros estão indo. Eu antecipo coisas. Vivo num futuro que nem existe, como aproveitar então agora? Acho que sou estranha. Palavras soltas no mundo virtual. Vamos partir amanhã cedo pra praia? Não, vou ficar. Preciso de silêncio. Preciso me observar. Será que terei tempo suficiente depois? Eu sinceramente espero que sim. Amanhã o futuro chega. Um ano ou um pouco mais. E estarei de novo perdida. E de novo sozinha. E de novo recomeçando. Tu te assusta? Sim, muito. E então o que te leva a fazer isso? E o que me impede? Nada, só vou fazer pois eu posso. E tudo que eu quero eu faço. Tu não te arrepende das consequências? Apenas alguns casos específicos. Aqueles que duvidei de mim mesma. Que monólogo interessante. Acho que vocês fazem um bom trabalho aqui comigo. Todas vocês. Alma, Aline, Anita, Menina Azul, Piriquita, Tigresa, bichanas, inventadas, criadas e feitas pra morte. Cruzes! Que  trevas carregas! E daí, deixa ela... Ela não devia se importar. Absolutamente nada a enjaula, uma completa selvagem sem modos! Waaar!!! Pipipi!!

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