A- Testando. Oi?
B- Olá? Sim, estou aqui.
A- Ufa. Acreditei um instante a mais que estivesse indo embora.
B- Estava, em verdade. E por que voltaste?
A- Pois te ouvi em sonhos.
B- Sonhos?
A- Sim.
Num sonho perdido: A olha para B. A percebe que B está sem conseguir a alcançar. Será que B estaria perdido? A pensa que B poderia precisar de ajuda, então acorda.
A- Por isso entrei em contato.
B- Não precisava, estou bem sem você.
A- Ah, sim, desculpe.
No fundo, a realidade: B se desespera com o contato. Tem medo e, o medo, como sempre, faz você ficar em alerta. O alerta é a repressão de tudo. Levar outros para longe daquilo que toca seu íntimo. E assim B ficou só, como tanto queria.
B- Eu não queria...
Me desculpe, B, mas não estou aqui para minimizar teus atos, talvez não tenha consciência ainda, mas sim, você quis. Caso contrário teria feito diferente, sempre há outras opções quando de fato se quer.
Comentários
Postar um comentário