Estava passeando no escuro dos
olhos,
Quando uma Luz tomou conta do
Cílios.
Segura de que desapareceria,
A Luz insistente do passado
brilhava novamente...
Ah... mas eu esperei essa dor
passar por inconveniente despercebido!
Fingi para seu Cílios, o ensaio das
Pupilas.
Eu sendo Áurea de vida alegre,
Não podia transparecer lágrimas,
Amigas das horas tristes,
Fechada em mim mesma,
Com cavidades imperceptíveis,
Agredia cada laço entre Cílios e a
Luz.
Fumaça! Fumaça!
Escondia pequenos poros nos
abraços.
Que se piscavam um ao outro:
- Luz bela e vida cheia, traz a mim
pura dança de belos Cílios faceiros!
- Ah queridos negros, fico mais
viva vendo sua alegria...
E assim, eu me petrificava cada vez
mais
E ao perceber que essa Luz
insistente não cessava, acabei me tornando opaca,
Uma Áurea já não mais colorida
Não via mais porque piscar,
A vingança já no final da vida,
Dona Áurea se livrou do senhor
Cílios e nunca mais o viu
Nem sentiu sua dor passar.
Senhora Luz continua, nas escuras
ruas dos olhos,
Infeliz de não mais ver
Seu alegre Cílios agitar.
(retirado dos rascunhos virtuais, 2012)
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