Pular para o conteúdo principal

Um princípio de direito

 Me anime, me anime, me beije, me corteje, me ame, me use, me usurpe, me sujeite a ser sua. Era louca, era má, era mulher nenhuma, era a Judite, a Carliana, a Viviane e a Walkiria. Eram todas que era só apenas elas, mas todas elas, também suas eram.

Me jogou um copo, me traiu pelo descaso, me disse o contrário, me esqueceu em propósito. Disse ainda que eu inventava, que eu era imaginativa e impulsiva!

Eu, que logo de cara, sou tudo.

Sou simples, sou louca, sou biruta, batuta, um capacho que humilde tu pode pisar...

E amanhã bem cedo, simplesmente busco uma nova roupa, touca ou balacubaco para me entreter, pois minha verdade tu não me tira. Eu sou o que eu quiser ser. 

Me julgue, me adore, me ame, me deixe, mas não me peça mais respostas que nem eu mais sei. A vivência destrói os corações frágeis. Um tanto de dor, de desamor e mais amor. Ora, pois, somos tão humanos, não?

Ontem, tu viu a foto dela? Ela sempre se achegará de ti, até tu cortar laços de fato... Não existe amizade que dure a vida inteira em silêncio, nem amizade após dizer te amo e quero um filho. Acabaram as falsas verdades. Vejo oito e vejo oitenta. E não gostou, babe, se ausenta... se aposenta... pois eu parti para não voltar. 

Enquanto tu cultivas os nós, que vazios restam em sua gaveta, eu desatei os meus e deixei ir... na meditação contínua do meu universo, vejo apenas a verdade que segue: um mais um é três. E cada um é um universo, mas não a família inteira. 

E agora pedi azeitonas. E agora vou fumar. E agora vou dançar e comemorar meu aniversário. E agora vou olhar a chuva de estrelas. E agora vou dormir a tarde toda. E agora vou virar a noite. E agora vou fazer amor até acabar minha respiração. E agora vou apagar meus emails. E agora mandar mensagens até cansar. E agora vou ficar roxa. E agora vou pular na escada de dois em dois degraus. E agora serei criança. E agora serei mulher. E agora serei eu.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Esteira

Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.

Romântica

Eu sou romântica  Com meu amor Esperando no quarto em fronte com taças e castiçais  Não sou aquela romântica Quando eu vejo atravessar ao longe na rua segurando mãos com sua alma gêmea e eu vejo por distância  você caminhando para longe dela E desaparecendo Nos meus sonhos

Não somos amigos

 Eu não consigo ser tua amiga. Eu juro, tentei. Eu prefiro ser nada. Aliada a mim. E eu gosto das lembranças. E eu gosto daqueles momentos, tão tranquilos. E tu engoliu a voz. Buscou paz. E eu, observo aqui, contente por ti. Tu merece toda paz do amor tranquilo. E eu? Eu aqui, imagino, se poderia ter sido.