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O nojo

 Hoje aquele velho me paga!

A raiva transborda da minha alma. Minha vontade de dar um soco no meio da cara daquele verme… nojo. Vontade de vomitar meu passado. Gritar pelo mundo. Gritar por esses pacíficos campos que manchados de sangue escondem entre rochas e valas o fétido passado de mulheres caladas. Indefesas. Eu tenho vontade de matar. Matar o sentido de querer ser racional. Eu gostaria de ter feito o circo. Eu gostaria de ter conseguido falar. Eu curaria minhas dores e minhas lágrimas não cairiam se eu pudesse de  fato poder expressar todas essas dores. Vontade de me esvaziar numa garrafa. Beber e esquecer. Comer até explodir. Me fazer mal. Pois isso ameniza tudo. Ameniza a vontade de querer me destruir. De querer por fim… De por fim na vida. Escrever me acalma. Saudades de explorar isso aqui de maneira mais leve. De por tudo aqui dentro em ordem novamente. Eu vejo nuvens. E teria sido mais leve há duas horas… olhar e ver animais. Agora só vejo o peso que elas carregam… O ar é  pesado às vezes, quando tu não consegue mais carregar sozinha. Quando tudo que tu sente e tem vontade é de sumir… para nunca mais voltar.

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