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Atrasado

Ele estava tomado por aquele olhar de rato molhado, na chuva, no escuro. Ele estava corrompido pelas mentiras, pelos brilhos de suas linhas refinadas. Ele era uma pessoa esquisita corrompida pelo olhar terceiro. De um canto, sua voz rouca sumia no ar. Ele, nervoso, ficava suspenso nesse ar. Escondia seu rosto. E foi assim que descobri sua fraqueza. Ele era a falha primeira. E de falhas se sustentava, para perfeição seguir seu cortejo, ele se mutilava. E quando as calças compridas caiam de sua estatura, ele as vestia. E o sentido ficava atordoado, era ele e seus dentes brancos, sua voz rouca, alto e minúsculo, mas alto, ele corria e vestia outras roupas, mas nada nada servia. Ele, usando o buné de terceiros, roubado pelo lado esquerdo pela mão de um agressor, deixado no chão de um acidente envolvendo uma arma. O caos das palavras, estava a me perder, e penso, hoje. Na minha cabeça, não há nada que me leve a voltar um único segundo.

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