Eu crio versos quando estou feliz ou quando estou triste. Dois extremos desmedidos. Duas medidas de desculpas a mim, desculpe ora, por ter esquecido apenas de mencionar os tempos entre essas duas extremidades: não são as mesmas. No entanto, hoje o que me resta não é uma história de amor ou um pranto acumulado. Serão palavras narradas de uma vida. Eu amei algumas vezes e até hoje ainda procuro alguém pra amar de forma incorreta. Depois de tantos ires e vires, estou sozinha. Eu digo oi, ao novo eu. E somos tão familiares. Adormecida num canto da minha alma, eu estive aqui o tempo inteiro. Enquanto tentava cegamente me fundir a uma coisa que não estava disponível...
Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.
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