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- Me leve lá para o alto. Eu quero estar lá.
- Não, disse ele, tu deverá permanecer no teu caminho e reiniciar tua decida.
- Eu quero subir! Eu preciso do vento!
- Não, mais uma vez te precipitas nas alturas e te engana com as nuvens. Todas estas coisas de ares te deixarão flutuar por algum tempo, mas tu já sabes que irá cair, então agora eu te farei evitar a queda: volte.
- Eu não te aceito mais ao meu lado.
- Não me resta nada a não ser te deixar se assim desejas. Caia. E não mais me procures.
- Jamais faria isso...
- Fez tantas.
- Não mais. Eu irei aprender a cair. Me tornarei outro ser.
- Outro ser? Te achas capaz? Tu que antes nada sabia, eu te ensinei a imaginar todas estas vidas. Elas estão em tuas mãos e tu somente as deixa cair junto consigo mesma! Tu se tortura por teus próprios atos, um desastre após outro, e acaba sempre na mesma posição que tentou sair. Na rocha, numa queda brusca, com arranhões...
- Arranhões! Isso são lascas do teu passado, tu me fez isso. Tu me torturavas, me deixava... não me permitia e limitava, saiu cego e continuará sendo se não me permitir tentar novamente!
- Faça. Caia.
- Isso terá volta, essa tua incompreensão comigo.
- Não terá, já está tendo. Tu irá partir.
- Adeus, amigo.
- Adeus... amor.

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