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Eu percebo, mesmo morto - Texto UM



Sempre cresci com consciência da minha tendência ao não perceptível, os olhos fáceis nunca perceberam tudo que já vivenciei. Sobrevivo aos pequenos ataques que constantemente atrapalham minha filosofia visual. Algumas vezes ganho adeptos, outras vezes simplesmente não consigo suportar mentes irrequietas, esses simplesmente acham que sabem da observação constante e eu não mais lhes exemplifico com minhas longas analogias de muitos anos. Anos, vivo a viver algumas centenas de anos nessa observação. Os novatos! Eu não os suporto, acabam de vir para esse mundo subterrâneo e já perdem a noção de juízo... e de sanidade. Muitos enlouquecem. Alguns simplesmente divertem-se comendo cadáveres. A vida por debaixo da terra nunca foi fácil. Muito sei sobre isso, já vivi muito posso afirmar, mas não sei tampouco quanto alguns que vivem mais... Observando e agindo. Minha contemplação já rendeu casos extraordinários, lembro-me em especial este que é meu fascínio, meu luar, meu verme. Nunca esquecerei dos olhos...

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Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.

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Não somos amigos

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