Ser outra, ser também qualquer. Não há simplicidade e mais felicidade do que a outra. Não há nada, por amizade ou passa-tempo, que a outra não saiba fazer melhor. Ela te fará rir, ela te lembrará da tua imensidão. Ela será a coisa mais linda da tua vida, pois a outra todos querem ter. Mesmo a outra quer ter uma outra: seja roupa ou seja corpo, seja cabelo ou seja cor de olhos, mas o que mais quer é outra... Queremos ter outras amizades, queremos conhecer outros lugares. Os outros não entendem quando a outra só quer diversão. Não entendem o riso solto ou a falta de atitude, afinal a outra sempre chega, cedo ou tarde, onde outros nunca chegarão. Outra bolha de sabão.
Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.
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