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Eu estava fazendo uma releitura dos meus rabiscos e, subitamente, veio esta observação: o som feito com compaixão, mostra teu íntimo. Segue:

"Tratar algo assim somente os sensitivos o fazem. O toque era suave e seus dedos acariciavam as curvas perfeitas como se faz na hora do sexo, na hora do que se diz por aí ser amor. O corpo frio dele agora se fazia quente. No meu ser, suspeitava que chegava ao êxtase de prazer ao observá-lo. Não era apenas um fechar de olhos, mas sim, uma entrega profunda àquele objeto. Os dois juntos faziam todo o sentido para o momento. O som começava a ritmar e talvez mais conciso me agredia de uma forma que não esperava: ele queria que eu sentisse o mesmo. Me vi em pé, aplaudindo o velho e o ar de uma vida. Era o sopro que me seduzia, a experiência de uma vida. Nunca entendi como pude sentir aquele conhecimento ao ver os olhos dele, fechados, dizer tanto. Não era agradecimento, era satisfação."

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