aluguei um carro para chegar do teu lado e tu seguiu a pé enquanto eu dirigia tu decidiu mudar de lado foi pra calçada subiu no meio fio seguiu e eu fiquei parada dizia a placa que me informava a hora e o km que eu estava e eu não estava e eu dirigia aquela lomba que não tinha pinheiro e fazia tempo que não via ele e ele também não falava mais comigo e eu segui na autoestrada contigo na cabeça e meu cérebro dizia pare e meu coração dizia siga e eu ficava verde e enjoada por eu ser assim indecisa sem pontuação e com reticências infinitas forever and ever again and again e loopings são comuns na vida dizia ela e a outra dizia moça eu não sei o que dizer tu já me ajudou só que eu não sei o que dizer e a gente ria juntas pelos fios invisiveis que nos ligavam e eu ligava e desligava o sinal que dizia tu esta perdida não esta mais e ele dizia olha que lindo e ele dizia olha que tu é linda e eu olhava e dizia o mundo é lindo se tu ver tudo assim e eu não vejo mais e o medo de cegar chega ponto junto
Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.
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