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As-sumindo ela.

Era azul a imensidão do íntimo dela. Era com esses tons sombrios que não aconchegavam bem, mas faziam pensar e refletir, estou caindo? Estou flutuando? Estou submergindo? O que estou? Onde estou? Seja pro lado que for, ela era pintada, ela era brincada. Como num pêndulo ou iô-iô, balançando pros lados, se equilibrando num fio infinito e particularmente tênue entre sua própria razão e a interpretação alheia. Quem são alheias(os)? Então que ela não sabia e eu a guardava. Será mesmo que quero saber? Quem que me lê/vê? Perguntava ela. Eu nunca soube responder a ela, então se ia e sumia alguns dias, um ou dois. Assim era como se ela fosse instável, cheia de suspense. O mistério desse azul que ela possui. Basta aguardar. E aqui estou, guardando esses segundos enquanto ela esconde-se desse todo mundo que não sabemos se existe.

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