Sou frio:
Possuo gelo sob camadas
Em trinta camadas de pele fria.
Provavelmente gordura que resfria.
Que acumalaram-se
Em belas paisagens, sinuosas,
do meu corpo.
Passagens do memorial
Escolhido para rimar
Entre tons brancos:
Cremosas lembranças,
Delicías de chocolate quente
E cobertores que cobriam
Meu rosto:
apenas olhos arregalados.
E brancos dos olhos,
que representam a brancura do meu frio
Tu é frio.
Sim, sou frio, sigo frio.
E já não acordo de frio
Aprendi a dormir com frio.
E assim, cresci mais fria.
Sempre fria.
Entrando em frias, feridas.
Que bonita, azulada assim,
azul de tanto branco
Branco de gelo.
Gelo transparente que some,
com bafo gelado.
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