Eu te transformo
E vou direto onde quero
E faço o que preciso
E tenho o que me atrai
O teu jeito é simples
Mas minha cabeça é complexa
Para acompanhar tantos silêncios
Me viro novamente
Como uma cobra recém criada
Que troca de casca e parece renovada
E no fundo é solitária e autosuficiente
Não me basto acompanhada,
preciso mais de mim mesmo
E não entendo
Como esqueci de ser eu
por tanto tempo.
Hoje eu tomo a cerveja
intensa, potente, amarga
E recoloco as cores nos meus i's
Reouço aquela discussão,
um ano exato atrás ou quase isso
Quanta banalidade discutida
Quanta energia em algo falido
E tanta coisa que não era meu!
E tanta coisa não foi reconhecida!
E agora... nem ligo.
Há muito mais por viver
E hoje posso chorar sem medo
mas nem o faço
E posso novamente não temer
e vivo com calma
E posso novamente desejar
pois é o que me motiva
E novamente almejar amar
num futuro completo
Com tudo que me faz eu
curiosa
alegre
intensa
rebelde
crítica
uma avalanche que destrói e constrói
Cíclica.
Que rouba vidas e se acumula em novos locais
Que faz tudo tremer
Que faz tudo recriar
E que já não vê a hora
de chegar a bastar...
com um sorriso pra compartilhar.
E se felicidade é um caminho
Então já vivo indo.
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