Só pego meu sorriso abrindo. E então ouço o player. Músicas incongruentes que não entendo bem. Acredito que a batida era mais alegre, mas decidi não pensar. E deixo ela me tocar. Uma batida que reverbera os sentidos. E deixo minhas pálpebras caírem, fechando levemente e vagarosamente os olhos. Me elevo. Te deixo ir pelo pensamento. As luzes estão fortes demais e por isso vislumbro os claros e escuros que deixam o ambiente com o tom reconfortante...
Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.
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