Enquanto olho para dentro, eu vejo o brilho que tenta escapulir dos meus poros. Quebrada, minhas pétalas estão. Espalhadas pelo vento que tocou o caule, ela entra devagar no recinto. E rodopia sem saber, que muito mais que brilhar, muito mais que enfeitar, aquela roda dizia a mim: eu amo você. E eu fiquei sem entender quando ela caiu. E no chão, no chão... eu percorri uma maratona. Eu girei em todas as direções que meu eixo instável permitiu. E eu doei meu tempo, e eu doei a única coisa que me fazia ser eu mesma, amor, eu dei minha queda. Eu dei minha dor, sincera e abertamente... para tu virar-se meu inimigo. E tu agora ajoelha-se, e pede "me perdoa, eu desisti cedo demais". E eu não consigo te encarar, olhos azuis. Não consigo.
Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.
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