Duas almas no palco: dedilham as cordas de um coral feito para um cowboy pouco provável. Seria apenas um pequeno espaço físico que nos redirecionava aquele momento? Como? O que faria ele, ali? E gritavam os roucos pela noite: hey, hippie, uai, own... É. Apenas chega então, a sensação... a mesma... da aventura que está por vir, num outubro de vista chuvosa. Uma promessa como leveza de asas a bater... num beijo de cílios.
Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.
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