Teu corpo tem ressonado no meu, e não, não mais um outro corpo sobre outro. Um sentido destoante do meu não toque. Um quero perto que nem chega a ser tátil. Não posse. E complexo era a frase da lembrança dos teus tons. Sóis e mis. Pele com pele. Uma luz de domingo cobria teu rosto feito casa conhecida. Não era casa. Não era lar. Seria estar? E visto o traje de aceitar, não me engano. Queria me enganar, me bagunçar, me deixar ir... seria um caminho mais fácil, mas no acaso não se manda, só se escolhe. E me peguei surpresa ao falar, escolhendo demais palavras que não voltam e que não serão desditas. E penso, penso para caramba, antes... E me tremo, pelo corpo inteiro, até dizer chega, mas não chega. Nunca chega, nunca bastará. Um desejo infinito de ir além e me aprofundar, até criar algo novo e bonito. Tipo isso aqui.
Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.
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