uhmmm que falta que tu me fazia, que gostosura te ver em branco assim, como vestido de noiva nunca usada, mas que também! Como poderia? Cheia de pecado! E que nó na cabeça faz essa distância que pretende fazer de ti, um mero ser visionário, em moléculas gaseificadas para borbulhar por aí. E vem outra voz na mente, reclamando e ecoando, que química boa não se fala em poesia. Coitado, diria, tu só com teses de cento e uma páginas faria-te sorrir. Exigente? Não, só doenças capilares.
Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.
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