Ele o tocou com a mão hesitante. O puxou para si e levemente o empurrou para o lado. Logo em seguida se pôs abaixo, enquanto caía sobre si todo aquele alívio esperado. Lentamente passava as mãos sobre seu corpo, esperando que todo o toque se transformasse numa espuma suave. Claramente a visão ficava embaçada, então se colocava mais abaixo ainda e fechando os olhos, tocava a cabeça para trás deixando o pescoço totalmente vulnerável ao que vinha. Abria a boca, deixando aquilo correr livremente por si mesmo e agora ele estava limpo. Fechou o chuveiro. Secou seus dedos e cabelos. Andou nu pela casa e apagou a luz do quarto, enquanto cantarolava ao deitar, cobertores o tapavam. Dormiu em paz, o homem.
Hoje acordei de manhã cedo, mas era meio-dia. Foram mais ou menos 18 horas de voo e ainda permaneço nesse espaço de ostentação e transporte. Me transporto para outros rumos, novos sabores, e ainda fico olhando embasbacada a janela do avião. Onde fui me meter? Pergunto como, sem querer saber a resposta, não sei mesmo... Não sei se foi um desejo de manter-me viva ou de provar a mim mesma que sou capaz de realizar os sonhos, por mim, ninguém mais. Acredito que seja isso. E fico feliz enquanto os pacotinhos que tanto corria atrás, agora os mantenho separados, etiquetados e bem longe para não repetir certas doses. Pacotes de embalagens conhecidas nem sempre são as melhores.
Muito bom :D
ResponderExcluirObrigada Marcela! Fique à vontade pra ler os demais.
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